E um lindo dia, com tempo gostoso, céu aberto, sol forte e um vento sutil no último dia de férias pode ficar ainda melhor. Pode ficar melhor se você resolver almoçar com aquela pessoa que você adora, mas que não encontra sempre, tomar um café com ela, entregar presentes feitos com carinho e comprar uma gérbera de cada cor, para deixar a casa mais parecida com toda a claridade que entra.
Como ficar triste num dia como o de hoje, com um Jardim Botânico cheio de crianças, meninas vestidas de rosa e lilás, meninas e meninos rolando nos barrancos, sem se preocupar que a grama recém-cortada vai grudar na roupa e nem com a coceira desgraçada que vão sentir imediatamente. Só quem já rolou na grama sabe a delícia da tontura que a gente sente depois, tontura que compensa a coceira e a bronca da mãe por causa da roupa suja. Tudo parece perfeito quando é possível rolar barranco abaixo, levantar e sair correndo, gritando, pulando, porque um dia desses, realmente merece gritos e pulos. Merece uma comemoração, com sorvete, de preferência.
Até parece que o dia como o de hoje foi desenhado para ser assim, para coroar as possibilidades que a gente nem sabe que tem de fazer diferente, de tomar uma decisão precipitada, de apostar no que não sabe, de ser empreendedor. Empreendedor da vida. Sei que soa romântico, provavelmente deve soar patético também. Mas note bem, que eu não sou assim o tempo todo e nem sempre enxergo dias como o de hoje do jeito que falo agora.
Hoje pensei no
amor em minúscula e lembrei como é importante olhar pra ele. Nem toda história é idílica. Nem todo amor é o grande amor, com CAIXA ALTA. Mas dias como o de hoje milagrosamente bonitos, milagrosamente simples, milagrosamente honestos em suas intenções, ajudam a gente a se lembrar como faz falta olhar, olhar pra fora, olhar pra dentro.