a dona desse blog
é de uma teimosia absurda. além de ser psicóloga, é leitora, aspirante à escritora, filha, irmã, tia e amiga, é indecisa por natureza, não sabe fazer planos e deixa sua vida ser dominada por uma ansiedade que ela sempre achou que disfarçava bem. acha que todo dia é ideal pra questionar se suas ações estão certas, se está sendo justa consigo, se faz o que gosta (e por enquanto faz). é uma dessas pessoas que gosta da solidão da própria companhia mas não dispensa uma cervejinha com aquelas pessoas que sabem conversar, de preferência em um boteco bem boteco, porque estes servem as mais geladas.

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  quarta-feira, 26 de maio de 2010
Sobre esperar

Das coisas que aprendi, uma das mais importantes dizem do quanto não adianta ficar triste todos os dias pelo que acabou. Nem todos os vínculos são para sempre e nem sempre dá pra retomar o que acabou do ponto em que parou. Às vezes, é preciso recomeçar e tentar a cada dia desconstruir algumas barreiras que se ergueram. Isso é tão trabalhoso que poucos tentam. E pode ser que não dê certo porque o muro que separa duas pessoas é composto por duas paredes. Assim, não adianta eu pôr abaixo a minha, se você não pôr abaixo a sua.

Sinto saudades de coisas como elas foram, mas não dá pra me prender a isso. Tenho me concentrado em construir uma vida aqui, em começar a gostar das pessoas que estão perto. O que não significa esquecimento das que estão longe, apenas a necessidade que eu tenho de vínculo. Isso é muito forte em mim. Eu fico ansiosa. Gostaria que as coisas acontecessem mais rápido. Mas boas amizades se fazem de paciência, não é assim que aquela raposa ensinou pra gente? Que é preciso vir muito devagar, sentando a cada dia mais perto?

Confesso, tenho grandes dificuldades nisso. Quando decido que gosto de alguém, eu gosto. E tenho pressa em conhecer tudo, de saber tudo e de me dividir em mais uma parte nesse mundo. Leva um pouco de mim com você? Assim eu me sinto bem. Não fico assim, tão cheia de mim. Paro pra pensar antes de agir, porque o que faço afeta aos outros. Tô ansiosa para que esse afeto que me é tão caro comece logo a se construir por aqui. Isso me dá calor.

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  terça-feira, 18 de maio de 2010
Sobre os dias de chuva

Desde que comprei um guarda-chuva decente, não suspiro mais quando olho para fora e prevejo um dia chuvoso. Hoje foi um desses dias que choveu da hora que eu saí de casa, até a hora que eu voltei, apesar de o sol do fim da tarde bem ter tentado, de um jeito muito, muito tímido, aparecer para dar o ar da graça, tarde demais, manchas de bolor já começavam a se formar em mim.

E eu estava de tênis, mas por pura falta de opção. Quem já andou em Curitiba sabe, é uma puta ousadia colocar um salto alto se você tem que percorrer mais que dois quarteirões por estas calçadas de paralelepípedos. E número de quadras que separa a minha casa da UFPR é pelo menos dez vezes maior que isso. Não tô reclamando, gosto dessa caminhada. É aquele momento que eu coloco os fones e vou cantarolando, pensando na vida e arrumando na minha cabeça tudo o que eu tenho para fazer.

Diante da chuva que caía quando eu saía, o porteiro me pergunta "Vai sair com essa chuva?". Respondo que não me resta outra escolha, me encho de coragem, abro o guarda chuva e saio. Vou andando devagar para que as calças não molhem (muito). Os tênis não tinham salvação quanto a isso, e por isso, meus pés estavam fadados a ficar molhados e gelados. Andando e cantando na chuva, percebi que quem anda para lá e para cá e que não tem outra escolha em dias de chuva, precisa mesmo é de um bom par de galochas. Voltei para casa decidida a comprá-las, coisa que acabei de fazer, e agora espero ansiosamente meu pedido ser processado e as galochas chegarem na minha casa, cheirando a novas, num prazo de um dia útil (uma das coisas boas de se morar numa capital).

Mas além de pensar em galochas, esse dia insistentemente molhado me fez perceber que chuva é um momento ideal para se medir o nível de gentileza das pessoas. Tem aqueles carros que fazem a curva mais devagar, sabendo que se entrarem muito rápido vão dar um banho nos pedestres que esperam o semáforo abrir. Tem aquelas pessoas que param quando percebem outro guarda-chuva vindo na direção contrária e que, se os dois tentarem passar ao mesmo tempo, vão se enganchar. Há ainda, os mais generosos que percebendo não ser fácil carregar bolsa, guarda-chuva e sacola de compras ajudam a gente a subir no ônibus.

Eu prefiro não falar dos não generosos hoje. Melhor não reclamar deles e parar o post por aqui desejando que em outros dias de chuva, eu encontre mais gentileza e menos individualidade de quem quer evitar de se molhar, não importando quantos outros se molhem a estas custas.

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  sábado, 15 de maio de 2010
Sobre quando parece certo


Não é sempre que acontece, por isso, melhor não perder de vista aquele momento em que tudo parece certo, quando a escolha traz alívio, alívio por ter entrado no melhor caminho, quando muitos apareceram.

Mudança pronta, casa arrumada, tudo no lugar, do meu jeito, bonito. Tenho quadros e fotos nas paredes, tenho um vaso de hortênsia que ganhei da minha mãe, que veio pra cá conhecer minha casa. Ela, que é de poucas palavras, antes de ir embora disse que gostou de ter vindo. E acho que foi porque ela percebeu que eu estou bem, feliz, tranqüila.

Tranqüilidade. Sempre achei que é uma dessas sensações que não dá pra desperdiçar. Porque de repente vem um vento e leva embora aquilo que hoje faz sentido. Me sinto bem. Feliz por poder bancar meu desejo. Por me sentir bem em estar aqui sozinha sem me sentir sozinha. Tem a ver com a capacidade de aproveitar minha companhia, organizar meu tempo, separar meia hora na semana pra fazer as unhas e me alimentar bem. Estas tem sido minhas prioridades.

Sinto saudades das minhas amigas. Sinto saudades de casa, da casa dos meus pais, que sempre vai ser minha casa. Mas confesso, tenho sentido falta de casualidade, de dar risada, de boteco, de conversa fiada. Preciso dessas coisas, mas tenho paciência, paciência de esperar os laços se firmarem por aqui para que elas passem a acontecer naturalmente.

Enquanto isso, levanto cedo, tomo café da manhã (o que é uma novidade), trabalho, almoço bem, tomo café da tarde e janto. Leio coisas do mestrado, escrevo trabalhos, preparo apresentações, durmo muito bem. Quando eu chego em casa à tarde, de tão cansada, me enfio embaixo do chuveiro e lavo a alma, porque é isso que a gente faz quando toma a decisão certa.

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