a dona desse blog
é de uma teimosia absurda. além de ser psicóloga, é leitora, aspirante à escritora, filha, irmã, tia e amiga, é indecisa por natureza, não sabe fazer planos e deixa sua vida ser dominada por uma ansiedade que ela sempre achou que disfarçava bem. acha que todo dia é ideal pra questionar se suas ações estão certas, se está sendo justa consigo, se faz o que gosta (e por enquanto faz). é uma dessas pessoas que gosta da solidão da própria companhia mas não dispensa uma cervejinha com aquelas pessoas que sabem conversar, de preferência em um boteco bem boteco, porque estes servem as mais geladas.

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  quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Sobre idiotices

Mundo cheio de idiotas esse que a gente vive. Eu li uma notícia sobre uma loja que não quis escrever "Feliz Aniversário, Adolf Hitler" num bolo de aniversário. O caso é que uma criança de três anos tem esse nome.

Eu fiquei pensando que os pais dessa criança deveriam ser dois idiotas. A reportagem conta que a casa deles é decorada com suásticas. Aí eu cheguei à conclusão que sim, são dois idiotas. Eu nem vou entrar no mérito do nazismo, mas tenho vontade de espancar duas pessoas que se juntam, imagino que por muitas afinidades, formam uma família e de saída, mostram seu nível de idiotice: Vamos mostrar como somos fodas!

Eles não só são idiotas por batizar a criança fazendo uma homenagem dessas, mas cagam e andam pro filho. Se ao menos simpatizassem com a criatura NUNCA colocariam um nome que o fizesse passar por coisas como, por exemplo não quererem escrever no bolo de aniversário dele. E isso é o de menos grave que o menininho vai enfrentar.

Depois de ter sido doutrinado, já está sendo, ele também vai achar bonito chamar-se Adolf Hitler. Mas até lá, se ele for pra escola, imaginem o que vai sofrer. Ainda bem que nos Estados Unidos, rola aquela putaria de educação em casa. Mas isso é só outra idiotice...

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  sábado, 13 de dezembro de 2008
Sobre as mulheres malucas

Eu gosto de assistir Supernanny, Troca de famílias, Lar doce lar, O melhor do Brasil. Quando lembro, assisto. Adorava O Cravo e a Rosa, Ciranda de Pedra, Cabloca, Sinhá Moça (ela é a dona do meu coraçãoooo). No momento não assisto nenhuma novela (nem A Favorita), mas em alguns dias, esses em que estou superconcentrada em alguma coisa importante a televisão liga (sozinha) e aí, meio sem me dar conta, assisto Video Game e em seguida, Mulheres Apaixonadas.

As mulheres de Mulheres Apaixonadas são todas chatíssimas. Sem dúvidas a mais divertida é a Heloísa. Ela é barraqueira, ciumenta e possessiva. Como se não bastasse ela odeia Deus e todo mundo e tá sempre mal humorada. Eu não estou fazendo pouco da desgraça de mulheres malucas. Sou bem ciumenta (já fui mais). Sou controladora (já fui mais). Mas eu sou bem mais racional que a Heloísa e sei quando tô fazendo merda. Heloísa é o Bentinho dos tempos modernos, para quem também está acompanhando Capitu (eu estou adorando!). Ela supõe um monte de coisa, imagina que é uma beleza, e tenta usar de uma ironia que pessoas ciumentas nunca conseguem usar com muito sucesso.

Mas por falar em mulher chata, outro dia eu assisti Ligeiramente Grávidos. Tenho vasta experiência com mulheres, cresci numa casa com outras três, fiz psicologia, e convivo com pouquíssimos homens. Os que eu conheço tem um saco do tamanho do mundo.

No filme dá pra ver as coisas como elas são: mulheres grasnando de um lado e os homens tentando segurar as pontas do outro. Os homens têm um limite de paciência muito maior que o das mulheres. Quando eles gostam, eles toleram MUITA coisa. Eu vivo isso. Ficamos magoadas, levamos tudo à sério, fazemos cobranças por coisas mínimas, ficamos histéricas. Aí, achamos que conversando com as amigas (que são tão loucas quanto nós) vamos encontrar pessoas que compreendem. Compreender, compreendem, mas isso não quer dizer muito.

Não acho que sejamos umas bruacas. Mas acho que poderíamos nos preocupar menos com as coisas pequenas, por exemplo, o seu namorado não falar que te ama com a entonação que você julgava apropriada. Levar a vida de uma forma menos séria, acho que isso já ajuda. E se não ajudar...pelo menos não atrapalha.

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  quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Sobre fazer as coisas

Quando eu era criança, destruía camisetas e fronhas de travesseiros para fabricar roupinhas para as minhas bonecas, cobertores, colchas para berços improvisados. Não ficavam nenhuma perfeição. Aqueles pontos enormes, os cortes tortos (estes ainda continuam) e um resultado que ficava minimamente desejável. Eu eu sempre ia mostrar toda orgulhosa: "Olha o que eu fiz!"

Era a mesma coisa em relação aos meus trabalhos de artes que sempre foram bem medíocres. Nunca soube desenhar ou pintar direito. Ainda não sei. Quando aprendi a bordar, medo de olhar atrás, afinal, alguém poderia se perder no meio daquela imensidão de fios e nós. Com o tempo eu desenvolvi minhas técnicas e hoje faço direitinho. Recentemente aprendi um jeito mais fácil. E não sou teimosa o suficiente pra continuar usando a minha técnica.

Eu tenho ainda muita vontade de fazer as coisas. Eu gosto de deixar elas bonitas, arrumar os ambientes, fazer as coisas combinarem. Quando eu era criança, fiquei encantada com o quarto que minha mãe arrumou para mim e para a minha irmã. Pouco antes, nós havíamos ganhado de presente o quarto da Barbie. E lembro de ter dito aquele dia: "Nosso quarto é mais bonito que o da Barbie".

Esse ano, eu fiz meu quarto novo a partir de uma luminária que comprei. Achei tão bonita e queria ter. Mas as outras coisas precisavam seguir o mesmo estilo, e seguiram. Não gastei muito dinheiro. Não mesmo. Achei muito legal pintar paredes. Queria fazer isso com cada cômodo da casa. Uma coisa é certa: As coisas não precisam ser novas e nem seguir as linhas modernas para combinarem e ficarem bonitas. Se você souber combinar e aproveitar o que tem, pode deixar um lugar muito agradável e com cara de que alguém passou por ali.

Estamos cercados pela moda. Eu me irrito um pouco com isso. As pessoas não usam a moda a seu favor, elas simplesmente compram. Não criam nada para si, não fazem experiências. Vão comprando a vestindo, vestindo e comprando. E os resultados costumam ser desastrosos. Tentativas frustradas de parecer alguém diferente. Meio triste, meio patético.

Eu ainda não sei fazer roupas. Ainda. Mas fiquei feliz por aprender a fazer pequenas coisas que vou dar de presente de natal esse ano. Comprar o tecido, combinar as estampas, cortar - essa parte ainda me bato - e costurar. O resultado é sempre alguma coisa bonita. Não é perfeito. Eu sou uma iniciante. Existem falhas. Mas é por isso que eu faço para dar de presente e não para vender, porque quando a gente gosta de alguém, gosta com defeitos e tudo. Com presentes é a mesma coisa: se alguém que você ama fez, você nem vai ver as pequenas falhas. E se ver, não vai ligar, porque sente o carinho que existe ali.

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  sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Sobre um monte de coisa

1. Pedi no xérox 15 cópias de um material. Como eu tenho amor ao meio ambiente, falei para o rapaz tirar frente e verso e disse que voltava buscar dali a pouco. Ele então me disse: "Mas é rapidinho". Resolvi esperar. Ele foi selecionar o meu pedido na tela da máquina do xérox, (touch screem). Dentro de um minuto saíram as cópias. Eu já estava com o grampeador em punho, quando ele me entrega, quentinhas, as 15 cópias já grampeadas. Não pude conter a admiração: "Já sai grampeado?". Ele respondeu que sim. Meu comentário final merece o prêmio de jacuzisse plus interiorpride: "Disso eu nunca tinha visto". Acho bonito como eu ainda me surpreendo com essas coisas.

2. Quando eu estava indo pegar o metrô para ir para a Barra Funda, cruzo com o cara do milho verde que me cumprimenta animadamente. Ele já não pergunta mais se eu quero o milho com sal e manteiga. Sou previsível para o cara do milho verde. Só de pirraça, essa quarta feira, guardei os dois reais que gasto com ele e comprei um suco.

3. Eu também me tornei previsível para os meninos que atendem na lanchonete onde o ônibus faz parada. Sempre entro, peço um suco de laranja com gelo e açúcar. Vou ao banheiro, para quando voltar, o suco estar me esperando no balcão. Um dos meninos vem me atender e pergunta se quero mais alguma coisa, com a caneta já pronta para marcar "pão de queijo" no fichinha.

4. O motorista do ônibus em que eu viajo me chama pelo nome. Na semana seguinte a que eu não fui pra São Paulo ele disse que sentiu minha falta. Hoje eu dei tchauzinho para ele na hora de ir embora e desejei feliz ano novo. Sou previsível também para o motorista do ônibus.

5. Hoje li o feed-back dos meus alunos a meu respeito. A maior parte das avaliações foi boa. Mas numa das opiniões alguém disse que toda semana eu pedia pra tirar xérox e fazer resenha. Sou previsível também para os meus alunos, e chata.

6. Hoje arrumei a iluminação de natal da minha casa. Minha mãe gosta e eu sempre faço isso para ela. Quando anoiteceu fui lá fora ver. Eu sei como se parece, porque há anos arrumo do mesmo jeito, mas mesmo assim, gosto de ficar parada vendo.

7. Essa semana eu tive uma supervisão com um cara que eu gosto muito. Ele é um senhor de oitenta anos que divaga muito, fala coisas com sentido e é bem engraçado. Chama Freud de Ziggy, e fala dele como se fosse Deus. Quando ele terminou disse: "Você leva jeito pra clínica". Esse comentário e as cópias grampeadas foram as surpresas da minha semana.

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  terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Sobre tranquilidade

Hoje ouvi alguém dizer uma frase bem incoerente: "Tô caída, mas tô tranquila".

Uma baita contradição. Mas acho que não. Não que essa seja uma verdade absoluta mas é a minha verdade; vale para a minha vida nesse momento que eu escrevo, e ninguém aqui está dizendo que valerá para todos ou que valerá para mim amanhã.

Essa coisa de ser incoerente é típico de quem está apaixonado. Eu já desencanei dessa história de dizer que estou apaixonada e já me declaro apaixonada como um estado da insustentável leveza do meu ser. Às vezes me revolto. Juro que sinto ímpetos de voltar pra um tempo em que azar era perder um dente comendo um x-salada.

Quando estamos apaixonados azar vai beeem além. É muito mais que um bad hair day. Azar é não ser correspondida. Azar podem ser quilômetros que nos separam. Pode ser torcer pro grêmio e amar um colorado. Enfim...

Um doz meu azares...Talvez traria menos azar usar o termo desventura, enfim, uma das minhas desventuras é a distância. Mas tudo bem porque essa a gente trata de resolver com cumplicidade e palavras. Os que se amam precisam saber se valer das palavras.

Os apaixonados não. Eles valem-se da efusividade. Num período de recesso em que minha paixão estava guardadinha, eu conseguia estar tranquila, mas tão tranquila a ponto de começar o dia rindo e terminar da mesma forma. Mas pra histérica sempre falta alguma coisa... E agora, quando eu achei que não faltaria mais, que bonito engano: Eu estou caída, mas tranquila. Essa tranquilidade que só um copo de suco de morango com guaraná é capaz de trazer pra gente.

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