a dona desse blog
é de uma teimosia absurda. além de ser psicóloga, é leitora, aspirante à escritora, filha, irmã, tia e amiga, é indecisa por natureza, não sabe fazer planos e deixa sua vida ser dominada por uma ansiedade que ela sempre achou que disfarçava bem. acha que todo dia é ideal pra questionar se suas ações estão certas, se está sendo justa consigo, se faz o que gosta (e por enquanto faz). é uma dessas pessoas que gosta da solidão da própria companhia mas não dispensa uma cervejinha com aquelas pessoas que sabem conversar, de preferência em um boteco bem boteco, porque estes servem as mais geladas.

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  segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Sobre conhecer alguém

Ontem me disseram que nossos atos possuem conseqüências. Não que isso tenha sido uma grande novidade. Mas uma coisa é certa: em alguns momentos, os atos extremos, esses que a gente não sabe se vão dar em coisa boa ou ruim, são necessários e são os únicos que podem dar algum alívio. Nem que eles sirvam pra demonstrar a intensidade dos sentimentos escondidos pela máscara da bèlle indiference.

Se o estrago tivesse sido realmente grande, se o amor e a vontade tivessem sido abalados, dificilmente, a calma teria vindo depois. Dificilmente, haveria paciência. Mais dificilmente ainda haveria uma conversa, dessas que a gente tá acostumado a ter, e que de alguma forma esquisita, reconfortam e fazem lembrar o quanto alguém é importante e o quanto faz falta.

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  domingo, 28 de setembro de 2008
Sobre o que é líquido

Zygmunt Bauman usou a palavra "líquido" para definir o amor e a modernidade. O que é líquido contorna, se ajusta em qualquer canto. O que é sólido sempre se depara com barreiras e hora ou outra precisa estacar em algum lugar.

Ontem, abri um e-mail, era uma crítica de um tal de Thiago Ney ao novo álbum do Marcelo Camelo: "[...] 'Nós' (ou 'Sou' ou 'Sou/Nós') possui o que o Los Hermanos tinha de pior: a inútil idealização de uma época que não volta mais [...]".

Calhou de eu ter aberto o fatídico e-mail logo depois de ter voltado do cinema. Eu estava em Curitiba e, pela primeira vez em seis meses, sem me preocupar em voltar pra casa pra de alguma forma estar por perto. Assisti "Ensaio sobre a cegueira", e apesar de nunca ter me interessado em ler o livro, desde que soube do filme, quis ver.

A história de que o que a gente vive é líquido tem tudo a ver com o filme e tem tudo a ver com um cara que, ouso dizer, é o homem da minha vida, mudou tudo o que eu sabia e conhecia, mudou a minha forma de encarar muita coisa, me fez ver que a vida, apesar de foda pra caralho, é bem bonita. Claro que eu estou falando de Freud.

Ele escreveu, nas primeiras décadas do século XX, "Mal estar na civilização". Além de muito bem escrito, como todos os textos dele, parece que é de qualquer autor contemporâneo, como Bauman. Freud já entendia que a sociedade pós moderna se tornaria líquida, instantânea, fast food (ou fast foda, an an).

Aí me aparece um sujeito tipo esse Thiago Ney, e mais uma carrada de gente, que afirma ser o amor uma idealização inútil. O Thiago nunca se apaixonou? Ele nunca imaginou ser possível ter tudo de bom que um amor de verdade oferece? Ou será que ele levou um pé na bunda tão violento que ainda tá se recuperando? Não sei, só posso supor.

E o que isso tudo tem a ver com o filme? Para quem não assistiu e não leu o livro, não vou fazer spoiler nenhum. Mas posso dizer, com o coração um tantinho mais feliz, apesar de me sentir também uma vítima do que é líquido e contornável (ou retornável), que o José Saramago também acredita, como o Marcelo Camelo (e como eu), que a idealização não é inútil coisíssima nenhuma, e que o amor pode sim ser aquilo que sobra, mesmo no meio da barbárie, da selvageria e da falta de humanidade.

Hoje eu cheguei em casa e o "Nós" (ou "Sou") estava à minha espera. Meu primeiro presente de aniversário. Senti uma coisa que posso definir como impotência e talvez uma pontinha de tristeza. Lamentando muito estar de mãos atadas. Pra sempre.

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  quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Sobre os anjos

Logo, logo é meu aniversário. Como presente decidi que custasse o que custasse, eu iria ao show do Marcelo Camelo. Eu não fui a muitos shows na minha vida. Mas foram muito importantes aqueles que eu fui. Mudaram coisas, de verdade. É engraçado como isso pode acontecer, mas comigo sempre acontece.

Algumas pessoas precisam pular de pára-quedas para verem se dão conta do turbilhão de sentimentos. Outras decidem deixar os sentimentos de lado e escolhem os antidepressivos. Há os que bebem, comem e/ou transam pra esquecer. Eu pertenço à categoria que vai em shows. Mesmo que seja um por ano. Escolho bem para valer à pena, e ter o efeito apaziguador por meses a fio.

Esse ano deixei de ir ao show da Fernanda Takai porque sou besta. Mas não vou deixar de ir no do Marcelo Camelo. Por acaso, as pessoas que vão são as mesmas que foram comigo ao show do Los Hermanos há quase dois anos. Hoje mais cedo, eu estava ouvindo o álbum dele e em uma das músicas tem uma frase que diz que "...todo ser humano pode ser um anjo".

Essa semana, mandei uma mensagem para um número errado. Mesmo assim, a pessoa que recebeu a mensagem respondeu e fez como faria com qualquer um que conhecesse. Disse ainda que sempre que precisar, é só avisar. Em momentos como esse eu deixo um pouco de lado meu pessismismo em relação à humanidade maluca e fico feliz, em paz por sempre ter a boa sorte de encontrar boas pessoas pessoas pelo meu caminho.

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  terça-feira, 23 de setembro de 2008
Sobre Mamma Mia




Difícil foi arrumar companhia. Se eu estivesse em Guarapuava e tivesse estreiado lá, iria sozinha, feliz da vida, como tantas vezes já fui esse ano. Mas eu tava em Maringá, num sábado chuvoso e ninguém queria ir. Foi foda porque o maldito inferno astral começou a me perseguir nos últimos dias que antecedem meu aniversário, enfim...
Depois de muito choro e muita vela, a Simone e a Carla se compadeceram da minha situação, e foram comigo. Elas não fazem idéia do que fizeram por mim.

Sempre gostei de ir ao cinema. Pra mim é um momento em que realmente eu consigo esquecer de qualquer coisa e ficar feliz dentro daquela hora e meia. E Mamma Mia conseguiu direitinho provocar isso em mim. Não sou nenhuma fã de comédia, mas desde Mary Poppins adoro musicais (minha irmã tem trauma desse filme até hoje pela quantidade de vezes que eu assisti). Vai entender, hahaha.

E Abba, né? Que consegue fazer você ter vontade de dançar dentro do cinema, tipo chegou a fazer um carinha sentado na nossa frente. Na hora de Dancing Queen, eu bem que queria ter subido em cima da poltrona e com toda a ginga que me é peculiar, me acabado. Também deu vontade em outras músicas que eu lembro da minha infância e da minha adolescência, quando um amigo me passou duas músicas do A-Teen.

Enfim, eu recomendo de verdade. Porque eu acho que algumas risadas gratuitas não fazem mal a ninguém. E se você não for apaixonado pelo Mark Darcy da Bridget Jones, como minha amiga Simonete, passará por Mamma Mia sem grandes traumas, hahaha.

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  sábado, 20 de setembro de 2008
Sobre uma próxima estação

Eu quis te conhecer
Mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade.

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor pôr o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade.

Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that I'm sad
I take my ride in melodies and bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together
I can forget about myself
Trying to be everybody else.
I feel allright that we can go away.
And please my day
I'll let you stay with me if you surrender.

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Sobre o amor II

Por mais que digam que há várias formas de amar, para mim, existe só uma. No post passado, eu escrevi que amar pode ser permitir que alguém parta, eu estava falando da minha avó, mas também de outras coisas, que naquele dia, já pesavam no meu peito.
Sentir um pesar no peito. Essa palavra "pesar" define bem uma grande tristeza. Um pesar é muito diferente de sentir raiva, de estar muito puto, de ficar triste. Um pesar é uma opressão das grandes, que faz a gente ficar respirando fundo para ver se tira ar de algum lugar, quando na realidade, não é de oxigênio que a gente precisa.
Você é meu tudo, meu céu, meu ar. Brega, né? Mas quando alguém some, por qualquer razão da sua vida, no sentido literal ou não do termo "desaparecer", o que mais parece fazer falta é o ar. Ou talvez essa falta de ar seja porque fica um buraco bem fundo que precisa ser preenchido com alguma coisa, né?
Acho que aprendi a deixar as pessoas irem embora. Mas não posso negar, que entendendo a liberdade das pessoas ou não, é doloroso do mesmo jeito.

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  quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Sobre amor

Minha avó tem 93 anos, faz 94 em outubro. Apesar de nos últimos anos ela ter ficado triste, desanimada, como eu acredito ser normal quando tudo o que você conheceu um dia não existe mais, a última vez que a vi, ela estava relativamente bem. Um pouco deprimida, um pouco magra demais, é verdade, mas ainda assim, bem. No aniversário dela do ano passado, eu liguei para dar parabéns. Ela não reconheceu quem era, e quando desligou e minha tia explicou, chorou por não ter reconhecido. E eu chorei por ter, de algum modo, deixado ela triste.

Na semana passada vi uma foto recente dela. Chorei outra vez em não poder ver mais a minha avó naquele corpo, aquela avó gostosa, com os braços bem fortes , com cheiro de talco de rosas, que ajudou a cuidar de mim e das minhas irmãs, que deixava brincarmos de cabeleireiro no cabelo dela e que atendia ao carteiro sem tirar da cabeça nossas obras de arte. A avó que sempre trazia um pacote de bala e uma caixa de chocolates, porque era isso que ela podia comprar, e deixava a gente tão feliz.

Quando eu vi a foto, não consegui deixar de pensar que essa é uma mulher que merece morrer dignamente e parar de sofrer. Hoje ela não quer sair da cama, quem sabe ela espera que, se ficar bem quietinha, pode acontecer de isso acontecer mais rápido. Comer é praticamente um milagre. Na mesma noite que vi a foto, sonhei que minha avó estava muito contente fazendo uma viagem de avião. Acho que amar é ser capaz de desejar que alguém que sofre viage de avião, mesmo que essa viagem não tenha mais volta.

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  sábado, 13 de setembro de 2008
Sobre mudanças

Quando eu era criança eu aprendi que o meu signo (Libra) é o signo de pessoas indecisas e que gostam de coisas belas e bem arrumadas. Não acredito (mais) em horóscopo, mas se há duas coisas que posso afirmar a meu respeito é que sou indecisa e gosto de coisas bonitas.

Adoro assistir o Lar doce lar por causa disso. A impressão que me dá é que, a partir do momento em que uma casa fica bonita, não tem porque a gente não ajeitar as outras coisas da vida. É uma coisa minha e eu sei que não é assim pra todo mundo. Mas eu funciono assim, preciso que tudo esteja certinho e bonitinho em seu devido lugar pra eu conseguir dormir, trabalhar, estudar e tudo o mais.

Quando eu voltei pra casa, tive que me readaptar com características da minha família que já me incomodavam antes, mas que, morando fora, eu relevava melhor. Ninguém aqui em casa se incomoda muito com isso. Todo mundo vive a sua vida na sua zona diária e beleza. Ótimo pra eles. Tenho saudades da minha casa, de poder cuidar das minhas coisas.

Quem me conhece sabe que já fui bem pior nos quesito limpeza e ordem. E eu também sei que se parei de passar à ferro meus lençóis, toalhas, meias, e tudo o mais que não fosse necessário, sem sentir culpa por isso, o avanço foi grande! Me sinto feliz com o jeito que eu sou hoje, mais moderada, mais equilibrada, como também dizem ser os librianos.

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  sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Sobre esse tempo que voa

Quando foi mesmo que o tempo começou a passar tão rápido? Você se lembra quando contava os dias para julho e dezembro chegarem? Eu sim. Não consigo me lembrar quando essa impressão mudou, só sei que de repente, mas de repente mesmo, sem aviso prévio, os meses não se arrastam mais, e a impressão que você tem é que foi ontem que fez aniversário.

Dizem que o inferno astral é o mês que antecede o aniversário. Eu entrei oficialmente no meu quarta feira. Eu acho que comigo não funciona muito bem, porque tanto ano passado, como esse ano, aconteceram coisas realmente boas nesse período. Passei meu aniversário de 23 anos no Bill bebendo cerveja. Beber cerveja no Bill foi uma das coisas que eu mais fiz nos dois últimos anos da faculdade. Dá uma saudade. Agora eu tomo um copo de cerveja e fico boba. Esse ano provavelmente não vou fazer nada no meu aniversário. Vai ser um fim de semana de descanso, sem ir para Curitiba.

24 anos. Bem antes disso o tempo começou a passar rápido. É como se fosse um aviso de que a competição começou e se você não se mexer, vai ficar pra trás, se sentindo inútill. Deve ter a ver com as responsabilidades, as cobranças, e aquela história de relógio biológico. Outro dia me perguntaram há quanto tempo eu estou formada e eu respondi que havia acabado de sair da faculdade, que tinha terminado no fim de 2007 e a pessoa muito admirada falou "Então já vai fazer um ano!". Pois é, e eu nem tinha me dado conta disso.

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