Queria conhecer o sujeito que inventou que a gente precisa esperar. Porque ele, definitivamente, não tinha mais o que fazer. Sonho com um mundo justo. Um mundo em que e-mails importantes são respondidos a toque de caixa. Em que ligações perdidas são retornadas, em que mensagens importantes são respondidas.
Ao contrário do que podem imaginar os que me julgam intolerante às frustrações, eu nego até a morte. Não sou intolerante às frustrações. Mas sou sim, e isso não posso negar, intolerante à espera. Não tenho problemas com respostas negativas (quer dizer, quem não tem? Mas eu sei lidar com elas), mas tenho sérios problemas com a falta de uma resposta. Nos últimos dias ando com a minha cabeça fervendo por causa de um evento que resolvi organizar. E eu resolvi organizar por duas razões: em primeiro lugar, porque eu acho importante os alunos sentarem suas bundas acadêmicas em uma poltrona para ouvir pessoas mais experientes falar sobre sua prática; em segundo, porque é importante para o meu currículo organizar eventos.
E tudo seria maravilhoso não fosse um pequeno detalhe. Convidei algumas pessoas para participar do evento. E sabe? Se você não quer, ou não se interessa, ou não se sente capaz, ou não pode participar, enfim, custa dizer que não? Custa retornar uma ligação, um e-mail, uma mensagem dizendo que não rola? É um convite! Só isso. E se os motivos pelos quais você não aceitou o convite tem a ver comigo, a pessoa que convidou, vamos ser grandinhos e profissionais?
Olha, nessa história de organizar eventos eu aprendi que posso contar com um monte de gente que suporta a minha ansiedade e que faz as coisas a toque de caixa quando nem deveria ter que fazer. E se eu tenho que pedir as coisas pra ontem é porque eu não tenho respostas pra hoje. Respostas essas que poderiam se resumir em sim e não. Simples assim.