Ando com preguiça das pessoas e não consigo evitar. Pode perceber, eu não emplaco assuntos novos, eu faço comentários adequados ao que se está falando, mas no fundo, bem no fundo, eu quero ficar quieta, de preferência sozinha, de preferência fazendo nada. É que essa preguiça das pessoas está se tornando preguiça da dissertação. Muito tempo depois da qualificação finalmente eu consegui pensar o que fazer daqui pra frente. Mas entre o plano e a execução, que difícil.
Ando irritada e ando briguenta. Ando um pouco dona da verdade também. Outro dia me falaram que eu não sei ouvir a opinião alheia e eu saí desfiando as últimas ocasiões em que tudo o que fiz foi ouvir a opinião alheia, aceitar e mudar a minha. Quer dizer, não consegui ouvir a opinião alheia de que eu não sei ouvir a opinião alheia. Coisas da vida.
Acho que isso vai passar, acho que tem a ver com cansaço, não o físico, mas o mental. O único sinal que meu corpo lança pra me avisar que tá sentindo novamente as viagens semanais é meu joelho direito dolorido. É que eu tenho encurtamento muscular porque eu sou sedentária há anos. Eu não faço alongamento, não caminho, não faço dança de salão, não vou à academia e meu joelho direito dói como se estivesse inflamado. É bem ruim. Daí eu digo que não tenho tempo para a academia, mesmo sabendo que eu não funciono mentalmente de manhã cedo e tô aqui postando no blog e gastando minutos na internet. A gente foge.
Se eu pudesse dar um conselho eu diria para evitar agora qualquer cobrança, por menor que seja. Uma cobrançazinha de nada pode enfurecer vários sentimentos dentro de mim que nem eu quero lidar e nem quero que os outros lidem. Nunca gostei de cobranças dos outros e isso deve ter a ver com o fato de que é sintoma meu me cobrar o tempo todo e saber exatamente o que quanto eu devo para todo mundo. Então, acredite em mim, por mais insatisfeito que você esteja comigo, eu estou mais.