Então hoje nasceu o Lucas, primeiro bebê de uma turma de amigas que é amiga há mais tempo do que convém sair por aí falando. Eu já vi a foto dele, postada pelo tio, e é uma graça! Dessas crianças que nascem sem manchinhas e, apesar de eu não ter conseguido ainda ver onde está o pai e onde está a mãe naquele rostinho, acho que nos próximos dias, a gente vai conseguir enxergar isso.
Acho bonita a empolgação de todas as meninas, todas sentindo como se tivessem ganhado um sobrinho que é o que a gente sente quando uma pessoa tão próxima quanto uma irmã tem um filho. Meus sobrinhos já estão grandes e, por enquanto, não sei se terei outros, pelo menos dos de sangue. Quanto a esses outros, os sobrinhos emprestados, espero ter vários. O Lucas é o primeiro e isso por si só já dá a ele muitas regalias, coisa do bebê mais velho. Provavelmente o mais novo, se alguma de nós resolver ter filho lá pelos quarenta e poucos anos (eu, quem sabe), também vai ser recebido com muita pompa e circunstância.
Estou feliz e espero que a minha amiga, o marido e o filho se acertem bem logo de saída. É que, apesar de nunca ter tido filhos, eu sei que essa história de ser mãe não é tão simples assim. Entre uma criança sair da sua barriga e se tornar seu filho, um encontro precisa acontecer. É por essas e outras que eu sou da opinião que nessas horas, assim como quando essa criança foi feita, só são necessários três: pai, mãe e bebê. Porque é um primeiro encontro. A gente não pode se esquecer disso nunca.
Já me disseram que, nessas situações, a gente também quer a nossa mãe por perto. Acho importante. A minha mãe deve ser a pessoa ideal para me ajudar a me tornar mãe, pra me ajudar a adotar essa criança que acabou de sair de mim. Sei bem o quanto o Lucas é bem vindo nessa família e sei o quanto é bem vindo na minha vida. Por enquanto, eu vou telefonar pra saber como minha amiga tá indo nesse encontro, como ligaria se ela tivesse acabado de conhecer um cara maravilhoso (que eu sei que o Lucas vai ser). Daqui a uns dias, eu vou lá conhecer bem de perto. Mas antes eu quero que eles se conheçam, direito deles.
E nada de me chamar de tia, ein, Lucas, que meus sobrinhos também me chamam de Gê.