Tem faltado tempo e tem faltado assunto, mas mais do que tudo tem faltado disposição de pensar em escrever sobre as coisas que realmente têm sido importantes e que realmente têm me incomodado e que realmente têm me tirado algumas noites de sono.
Só que eu tenho um defeito de não conseguir falar diretamente sobre meus problemas quando eu não sei lidar com eles. Além de tudo, eu acho que não tem muito propósito em deixar as coisas registradas literalmente aqui, olha o tamanho da exposição.
Mas enfim, tudo isso é pra dizer que faz uns dois meses que tenho enfrentado um problema, desses que me deixam preocupada sempre que lembro, mas que preciso esquecer para conseguir fazer essas coisas da vida, tipo trabalhar, estudar e dormir. E de todas essas coisas, a que mais tem sido prejudicada é a parte de dormir, porque talvez eu imagine que se passar horas ruminando um assunto que não me cabe resolver, ele, sei lá, termine no dia seguinte, magicamente se acabe.
Não tem acontecido.
Aí, como se não bastasse eu descobri (ok, não descobri recentemente, mas fui lembrada esses dias atrás), que não importa o quanto você esteja disposta a fazer as coisas da maneira mais certa possível, algumas pessoas insistem em cobrar o que você não pode, não deve e não está disposta a dar.
Essa frase se aplica a muitas coisas nessa vida. A única parte boa é que depois que passa a indignação resultante de uma eventual cobrança indevida, o resto é que você deixa de se importar tanto. Exageradamente eu me coloco no lugar das outras pessoas, só que é um baita alívio quando elas te contam que não fazem o mesmo e daí eu descubro que, opa, não preciso mais gastar energia.
Outro dia, a
Flávia disse sobre gentileza, sobre educação, boas maneiras, chamar os outros pelo nome e o quanto essas coisinhas tão pequenas fazem tanta diferença no modo que a gente está se sentindo. Eu tentei postar um comentário, mas não consegui, mas basicamente dizia que eu concordo com tudo o que ela disse e acho que as pessoas deveriam ser lembradas constantemente quando elas são mal-educadas. Assim, alguém tem que contar pra elas que existem boas maneiras, palavras mágicas, coisas que deixam a convivência social tão mais bonita.
Então, alô, você, que não tem consideração pelos outros, não no sentido de gostar, mas sabe, de tratar como gente? Alô, você que nasceu e vai morrer deselegante, ainda que por fora a capa engane bem, deixa eu te contar, tem jeito de transformar esses modos chucros em gentileza. E sabe, isso começa não quando a gente gosta, ama, admira uma determinada pessoa, mas quando a gente a respeita e a trata com respeito só porque ela existe.