A Camila já apareceu por aqui disfarçada. Muitas vezes, quando falo de "uma amiga", é ela! Quase todos os dias quando entro aqui vejo que Cascavel procurou no Google por "o ângulo mais bonito" e sei que é ela botando pressão (juntamente com Buenos Aires): "Tá na hora de postar!" (essa sem vergonha até hoje não salvou o endereço entre os favoritos e sempre pesquisa no Google pra entrar).
Nossa amizade não foi nada repentina, mas construída lentamente durante os primeiros anos da faculdade em que eu a achava mal-humorada e antipática. Uma vez a encontrei num show e ela me fez uma pergunta que me deixou constrangida. Não lembro a pergunta, e talvez tenha sido só uma exclamação que me chocou, porque eu era diferente do que eu sou hoje (desbocada e mal educada).
Comecei a gostar mesmo da Camila quando eu vi que ela tinha uma ironia tão fina quanto a minha e uma intolerância às burrices alheias ainda maior. Ela também não teve as melhores primeiras impressões a meu respeito, mas acho mais divertido desgostar e depois gostar.
A Camila é sincera, não é dada a meias voltas, do tipo que toma atitudes difíceis sem covardia. Ela não se autoengana por muito tempo, admite erros, evita magoar os outros. É birrenta (mas passa logo). Chora se te magoa, e chora se é magoada, mas sabe perdoar e pede perdão! Companheira pra tudo, sinto saudades. Queria hoje, no aniversário dela, pagar uma cerveja, uma tequila, um show da Marisa Monte, pra cantar junto que a gente sabe ver a vida pelo ângulo mais bonito. Ela fez parte do processo que me ensinou isso (e eu ensinei a ela a escrever a respeito)!