Essa utopia da qual as pessoas falam. É engraçado como eu não havia percebido que quando a gente sai da escola e começa a trabalhar, precisa de um ano inteiro antes de ter um mísero mês de férias. Um mês, tão pequeno, que passa tão rápido para compensar um ano de trabalho árduo. Agora, agora sim eu entendo o que é a mais-valia que me falaram tanto no primeiro ano. Eu quero a minha mais-valia, eu quero! Marx me entende...
A sorte é que, além de uma operária comum, que bate ponto quando entra e quando sai, eu sou também professora. E os professores costumam trabalhar menos quando os alunos estão de férias. E o melhor: a gente recebe enquanto não trabalha, olha só que bacana! O problema é que eu tenho responsabilidades na faculdade que não me permitem folgar em julho, mas isso não é uma reclamação, porque como bem a minha irmã me lembrou hoje, eu mesma me dei uma semana de folga no fim de junho. E como eu precisava. Dormir era tudo o que eu precisava.
Voltando pra casa (e pro trabalho), só pepinos e abacaxis fazendo parte do cardápio. Na última semana, em que eu fiz tantas coisas que nem parece que foi só uma, eu tive crises de insônia, ansiedade, irritação e mau humor. Vou me dar um desconto porque era semana de TPM, mas mesmo assim, preciso aprender a lidar com a quantidade de responsabilidade que eu tenho.
Hoje saiu um peso enorme de cima de mim porque eu consegui (finalmente) elaborar o plano de ensino de uma disciplina nova. Mas ao mesmo tempo, o peso voltou quando eu tratei mal o João que me ajudou a fazer duas coisas que me tomariam um tempo enorme que eu não tinha. Pedi desculpas, desculpas aceitas. Agora é hora de ir dormir e relaxar, porque já é segunda feira!