a dona desse blog
é de uma teimosia absurda. além de ser psicóloga, é leitora, aspirante à escritora, filha, irmã, tia e amiga, é indecisa por natureza, não sabe fazer planos e deixa sua vida ser dominada por uma ansiedade que ela sempre achou que disfarçava bem. acha que todo dia é ideal pra questionar se suas ações estão certas, se está sendo justa consigo, se faz o que gosta (e por enquanto faz). é uma dessas pessoas que gosta da solidão da própria companhia mas não dispensa uma cervejinha com aquelas pessoas que sabem conversar, de preferência em um boteco bem boteco, porque estes servem as mais geladas.

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  segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Sobre cicatrizes

Nunca é difícil quando as pessoas que nunca estiveram, de repente estão. O contrário não é assim. Mais difícil do que lidar com um adeus é ter que encarar o fato que ali agora resta um vazio. Uma clareira.

Sabe, não é a primeira vez que esse vazio se abre. Mas saber disso não torna mais fácil, só ajuda conhecer o processo. Processo que começa com imensa desolação. Será que eu vou dar conta? Será que vou acostumar com a ausência? Será?

Insira nesta lista uma infinidade de 'serás'. Todos inúteis para um coração que se aperta com um mínimo reconhecimento de que o mundo gira, a despeito dessas dores inúteis, as da alma.

Eu choro. E não choro acreditando que isso passe. Choro porque cada despedida marca o fim de um companheirismo diferente. É uma feridinha que se abre e fecha. Mas quando ela fechar, a pele não vai ficar igual era antes. Depende da profundidade do corte. 

Às vezes,  exige pontos, deixa cicatrizes mesmo. E quando essa cicatriz se transforma em um queloide, é sinal que o tranco não foi pequeno. Às vezes, fecha sozinha, mas deixa  um buraco. Uma região da pele que afunda.  Você sente a marca quando passa o dedo e às vezes algum desavisado pergunta a respeito. Nessas situações, a gente conta a história do tombo. Pode até rir e dizer que não lembra se doeu ou não.

Mas o esfolado pode ser leve e, depois de cicatrizar, só ficar uma mancha branca que se você cuidar direitinho, com o tempo vai sair de vez. Pode parecer que esse é o melhor tipo de cicatriz. Mas eu não concordo. Que graça tem não lembrar dos tombos? Eu espero de verdade que dessa minha dor aqui, dessa feridinha que eu mesma ajudo a cutucar hora ou outra, reste alguma coisa. É porque o tamanho do tombo indica o quão alto a gente foi. E eu me orgulho bastante desse meu jeito destemido de subir. 

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