a dona desse blog
é de uma teimosia absurda. além de ser psicóloga, é leitora, aspirante à escritora, filha, irmã, tia e amiga, é indecisa por natureza, não sabe fazer planos e deixa sua vida ser dominada por uma ansiedade que ela sempre achou que disfarçava bem. acha que todo dia é ideal pra questionar se suas ações estão certas, se está sendo justa consigo, se faz o que gosta (e por enquanto faz). é uma dessas pessoas que gosta da solidão da própria companhia mas não dispensa uma cervejinha com aquelas pessoas que sabem conversar, de preferência em um boteco bem boteco, porque estes servem as mais geladas.

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  domingo, 17 de junho de 2012
Sobre estar ficando boa em começar de novo

Ontem uma amiga marcou meu nome quando postou esse vídeo. E muito embora eu já tenha ouvido a música muitas vezes, nunca tinha reparado nela. Mas ontem, o que berrou em meus ouvidos foi a parte que fala disso que é ficar bom em começar de novo. E de novo e de novo, eu disse pra minha amiga. Essa é a sensação que eu tenho.

Não é uma reclamação. É verdade que eu sou uma azeda, é verdade que eu sou exigente, é verdade que eu sou mal-humorada e é verdade também que eu tenho o hábito de chegar nas pessoas com os dois pés no peito. Mas, por favor, que eu não seja acusada de reclamar. Não reclamo da minha vida, nem do meu trabalho.

Mas tem dias, e juro que não tem nada a ver com hoje ser domingo, em que tudo o que eu penso é que eu poderia ser menos difícil, menos chata. Que eu poderia ser capaz de olhar para as coisas que me acontecem sem que elas sejam totalmente cinzas porque o tamanho dos meus ideais as desbota. Que eu deveria ficar feliz quando alguém totalmente legal me liga querendo me ver, sair comigo em um domingo à noite. Que eu não deveria ficar contando todas as características que estão faltando, em vez de contar com as que ele me mostra. 

Uma das minhas grandes questões sempre disse respeito a isso que se chama "apaixonar-se". Acho que desde criança isso foi uma coisa que me pegava pela palavra. Uma vez, lendo a bíblia (menos porque eu era religiosa e mais porque eu lia tudo o que aparecia na minha frente), cheguei na parte em que o título era "A Paixão de Cristo".

Por que não me contaram que ele tinha se apaixonado?

Eu li, reli e não encontrei a tal da paixão. Perguntei para minha mãe e ela respondeu que eu não podia ler a bíblia daquele jeito, que não era um livro comum e que eu ficaria louca.  Aí perguntei para a catequista e ela me explicou que a Paixão dizia respeito a sofrimento, a sacrifício. Dois significados que, com meus 8 anos, eram estranhos. 

O problema é que vai a ingenuidade, vem a familiaridade. E com ela, os muitos sentidos das palavras que enchem nossa vida. Um deles foi um novo sentido pra paixão. Muitos anos depois, assisti um filme sobre a vida de Vinicius de Morais e fiquei decepcionada com a quantidade de paixões que ele teve. Não é possível se apaixonar desse jeito. Ou é?

Tenho sérios problemas em me apaixonar. É que eu quero tudo e jogo fora as coisas diante da menor condição que as trai. Como desculpa, digo que é porque para mim é tudo ou nada. Como se essa fosse uma característica da qual eu devesse me orgulhar. Minhas amigas tem me falado muito sobre isso e talvez seja hora de escutar um pouco. Talvez esteja mais do que na hora, aliás, o que é uma ironia para alguém que adora se adiantar.

Tenho minhas dúvidas, mas seria bom, só pra variar, não abusar de um tipo de sorte que me acompanha em quase tudo na vida. Essa sorte de, constantemente, me deparar com pessoas dispostas a sustentar o peso de alguém que chega com os dois pés no peito.

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