a dona desse blog
é de uma teimosia absurda. além de ser psicóloga, é leitora, aspirante à escritora, filha, irmã, tia e amiga, é indecisa por natureza, não sabe fazer planos e deixa sua vida ser dominada por uma ansiedade que ela sempre achou que disfarçava bem. acha que todo dia é ideal pra questionar se suas ações estão certas, se está sendo justa consigo, se faz o que gosta (e por enquanto faz). é uma dessas pessoas que gosta da solidão da própria companhia mas não dispensa uma cervejinha com aquelas pessoas que sabem conversar, de preferência em um boteco bem boteco, porque estes servem as mais geladas.

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  terça-feira, 27 de agosto de 2013
Sobre 27 de agosto.

Há alguns anos, cheguei à conclusão que a vida vive a gente e que não é a gente que vive ela. Questão de análise essa daí. Um dia cheguei pra analista dizendo isso e vocês podem imaginar o tanto de pano pra manga que deu. Tive que entender de onde essa frase tinha surgido e, mais do que isso, que efeitos ela operava sobre mim.

Não sou a única pessoa do mundo que se percebe vivendo a vida que é consequência de uma decisão que se toma perto dos dezoito anos. Claro que falo do alto da condição que me permitiu, aos dezoito anos, fazer uma faculdade, ser sustentada por papai e mamãe até me formar e só depois descobrir o significado da palavra trabalho. Sei muito bem que o nome disso é privilégio e que eu não posso me envaidecer dessa condição que me antecede.

Esses dias ouvi que a coisa mais natural do mundo é que aquilo que sonhávamos ser aos dezoito anos, não se concretizar. Que é claro que aqueles planos e aquela vida eram obra de uma fantasia (coisa boa da fantasia é que ela é maravilhosa e ninguém quer acordar de sonho bom). Mas, à medida que aqueles planos e aqueles sonhos não se realizaram, outros vieram.

E é isso, não é? É por isso que eu me irrito tanto com mimimi (também conhecido como peninha de si). A minha questão com essa posição é bem simples: não resolve. Um monte de coisa resolve. Dar a cara a tapa, começar ganhando pouco, trabalhar em coisa que você nunca pensou que fosse trabalhar, aprender coisas novas, mudar de rumo. Tudo isso resolve. O que não resolve é acusar pela sua frustração uma profissão inteira. No fim, sobra a possibilidade difícil de você não ter nascido pra coisa.

Eu sou feliz todo dia por ser psicóloga. Levo calote, não estou milionária, mas pago minhas contas. Gostaria de mais tranquilidade financeira. Mas o caminho é esse. Todo mundo sabe que coragem, cérebro, coração e casa, a gente encontra no caminho. Oz é um lugar que não existe. E eu vou lembrar sempre do ensinamento que ouvi em um bar: você pode comer feijão e arroz todo dia, mas não pode ter feijão e arroz na cabeça. Feliz dia do psicólogo pra você que não é um psicólogo feijão com arroz!

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